Uma jornada que encante, surpreenda e fidelize: eis o Legal Desing
Data: 13/03/2023
Autoria: Gleicy Michella de Souza Lima Tiso e Mariana Neves
A sociedade mudou e com ela novas formas de se fazer e entregar resultados. Não podemos estar à margem, obsoletos, querendo não entender ou enxergar. É preciso colocar o cliente no centro, com perspectivas e olhares para a sua demanda, de forma assertiva e funcional. Assim, se apresenta o Direito sob a égide do Legal Design.
No dia 8/3/23, a Comunidade Vem ser Ágil recebeu Ianna Cabanelas, advogada, mestre em Direito Processual, Head de inovação e Founder da Iris para uma super live sobre Legal Design e Visual Law.
De forma clara, leve e objetiva, Ianna nos presenteou com o ser saber e nos convidou a irmos além (e fomos)!
Sabemos que é preciso estarmos antenados com a tecnologia, com as ferramentas e técnicas postas à disposição da área jurídica com um todo (gestão jurídica, advogados e membros do poder judiciário, p. ex.), afinal de contas, falando em Legal Design e Visual Law, quem não quer escrever petições de forma mais visuais, assertivas, objetivas e com melhor resultado? Quer não quer que suas decisões sejam a mais precisa possível e que ponha fim ao processo e que a esteira de pendencias de processos seja cada vez menor e quem sabe reduzida a uma quantidade aceitável? Acreditamos que todos!
Imaginem diminuir a quantidade de laudas, deixar a petição mais leve, explicando não só com palavras, mas, também, com gráficos e formas (das mais variadas, ex.: linha do tempo, fluxograma…), o que se quer transmitir, como se quer que seja entendida a informação, ganhar agilidade (velocidade) no finalização do processo e na obtenção de um despacho e/ou decisão mais favorável ao seu cliente (e consequentemente, ao seu escritório)?
Quando se fala em Legal Desing e Visual Law, o foco é no resultado! Com eles, teremos petições mais funcionais, mais usuais e mais entendíveis, e, claro, as decisões acompanharão: serão mais claras, mais precisas e mais rápidas em função da leitura de uma petição melhor escrita, com menos páginas, e mais objetividade, como também, os juízes que utilizam das técnicas acima, elaborarão decisões, por vezes, mais entendíveis e menos recorríveis por meio de Embargos de Declaração, por exemplo. Essa é algumas das magicas de quem sabe o que é e sabe como usar o Legal Design e do Visual Law na sua rotina jurídica.
A palavra que vem a mente é democratização do acesso à justiça pelo uso das técnicas que facilitem, otimizem e simplifiquem a transmissão de conteúdo, não só pelo (e para) os advogados, mas, por todos os que fazem parte do “mundo jurídico”, focando na experiência do usuário.
Sim, toda a comunidade jurídica se beneficia quando a informação é trazida de forma objetiva e simplificada, direto ao ponto. Isso é Visual Law e Legal Design.
Conhecem os valores do manifesto ágil da agilidade? Se encaixa perfeitamente com o Legal design e o Visual Law:
Primeiro: Relações mais humanizadas com o cliente (frise-se: cliente interno e/ou externo), no centro. E quando se fala em cliente, fala-se em pessoas serem mais importantes do que os processos e as ferramentas utilizadas, fugir do “juridiquês” e simples, embelezamento das petições e/ou decisões; Segundo, dar rapidez ao tramite processual, ajudando na diminuição da carregada quantidade de processos que existem nos tribunais, usando os recursos visais da melhor forma, para que sejam recebidas e compreendidas; Terceiro, ter o cliente colaborativo para que se construa petições com as informações mais relevantes e com mais assertividade possível e por fim e não menos importante, abraçar a mudança e permitir-se usar novas e mais avançadas técnicas e para isso, abraçar e entender como e onde pode-se melhorar e seguir sempre em busca da melhores resultados.
Nossa palestrante trouxe a diferença entre as ferramentas. O Legal Design é um movimento que aproxima o design do Direito e o Visual Law é uma das atuações do Legal Design voltado para o desenho da informação jurídica, promovendo, assim, uma comunicação facilitadora do Direito e seus anseios. Ambos possuem o mesmo objeto: proporcionar ao jurisdicionado uma experiência individual e participativa, bem como, oportunizar que a prestação jurisdicional alcance ao almejado.
A sociedade mudou e com ela novas formas de se fazer e entregar resultados. Não podemos estar à margem, obsoletos, querendo não entender ou enxergar. É preciso colocar o cliente no centro, com perspectivas e olhares para a sua demanda, de forma assertiva e funcional. Assim, se apresenta o Direito sob a égide do Legal Design.
Em constante aceleração e exponencial crescimento, novas forma de se entregar o Direito se apresentam em uma jornada para encantar, surpreender e fidelizar. Nossa palestrante enfatizou: “O elemento visual é acessório. Preocupa-se com a informação”.
Hoje, fala-se muito em gerenciamento de dados. Mas, como dispô-los de forma a atender a necessidade do cliente, entregando um serviço jurídico qualificado, persuasivo e assertivo? Fazendo um design da informação, do serviço, do produto.
De forma responsável e estratégica, apresenta-se a demanda do cliente em uma perspectiva de design que ultrapassa as cores e formas. Ela acolhe de forma individual e funcional evidenciando o dado ao que se busca a prestação jurisdicional satisfatória projetando o conforto cognitivo.
E, como abordamos no início, o Legal Design e o Visual Law, como novas formas de dispor o Direito, conectam muito bem com outras ferramentas que vieram para potencializar a entrega, trazendo qualidade, colaboração, empatia e o cliente, aquele ativo precioso, para o centro de toda a operação.
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Fonte: Migalhas