TRT-8 realiza capacitação visando garantir acessibilidade digital em seus sistemas
Data: 02/06/2023
A oficina contou com a participação de dois instrutores externos, especialistas em acessibilidade
O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (PA/AP), por via da Escola de Capacitação e Aperfeiçoamento Itair Sá da Silva (ECAISS) e da Secretaria de Tecnologia da Informação (SETIN), realizou a Oficina de Acessibilidade Digital, formato telepresencial, para a equipe de desenvolvimento de sistemas do TRT-8. O evento ocorreu entre os dias 22 e 26 de maio com os instrutores Reinaldo Ferraz e Juliano Lopes, programadores especializados em Web Design com acessibilidade, e com a instrutora Amanda Marques.
A internet se consolidou como um marco histórico global, que revolucionou as formas de comunicação e de acesso à informação, com um potencial de crescimento quase que ilimitado, além disso, com sua capacidade de atingir milhares de pessoas quase que instantaneamente, independente de sua localização espacial ou contexto cultural, a “rede” se tornou o principal método de interação e proximidade entres as pessoas; logo, a falta de acessibilidade significaria excluir muitas pessoas dos processos interacionais e culturais.
A acessibilidade digital é a garantia de que qualquer pessoa, independente de suas condições, consiga acessar e interagir com os conteúdos. A oficina tratou sobre a linguagem da programação para conteúdo Web e Web Design com acessibilidade, principalmente voltada para as pessoas que necessitam de leitores de tela para acompanhar as páginas e a importância de produzir/preencher/programar tudo de maneira correta.
A World Wide Web Consortium (W3C), hoje, é a principal organização de padronização da internet, integrando empresas, órgãos governamentais e organizações independentes e define padrões internacionais de códigos de programação que devem ser seguidos para a criação de um ambiente online efetivamente acessível e necessário, para isso criou as Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG) e a Iniciativa de Acessibilidade na Web para Aplicações na Internet (WAI-ARIAS), que são as diretrizes e recomendações que fundamentam a construção ideal de conteúdos digitais. Ambas ferramentas foram abordadas e melhor explicadas durante a oficina.
Os instrutores trataram de mostrar efetivamente, através de testes no próprio Portal do TRT-8, como as páginas são descritas pelos leitores de tela e o quão importante é realizar de forma correta a programação da página web, as legendas para todo conteúdo de áudio e imagético, com audiodescrições e interpretação em linguagem de sinais em mídias de vídeo. Além desses dois, a oficina ainda mostrou duas iniciativas brasileiras: o Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG), que objetiva adaptar os conteúdos digitais do Governo Federal; e a Norma nº 17.060 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que estabelece requisitos mínimos de acessibilidade em aplicativos para dispositivos digitais.
As diretrizes ensinadas durante a oficina abrangem diversas recomendações que definem como tornar o conteúdo da web mais acessível para pessoas com deficiência, sejam elas quais forem, incluindo visual, auditiva, física, de fala, intelectual, de linguagem, de aprendizagem e neurológica. “O treinamento foi muito impactante, pois trouxe o entendimento da real importância de adequarmos as soluções desenvolvidas às diretrizes de acessibilidade, com o intuito de garantir e democratizar o acesso à informação e aos serviços da Justiça do Trabalho da 8ª Região. Durante o treinamento foi possível fazermos a análise de alguns serviços já ofertados pelo órgãos e com isso identificamos falhas em relação à acessibilidade e pontos de melhorias que certamente serão tratados e saneados pelas equipes competentes” ponderou Mônica Moraes Rêgo Guimarães, chefe da Coordenadoria de Sistemas (CODES) da SETIN.
Compreender todos esses aspectos da acessibilidade digital significa entender a inclusão digital como um caminho para a inclusão social, promovendo autonomia e qualidade de vida às pessoas com deficiência. “Acessibilidade é um um ato de empatia, de forma que devemos pensar e voltar nossas ações para garantir que qualquer cidadão, utilizando qualquer tipo de tecnologia de navegação, seja capaz de utilizar e interagir com os serviços ofertados pela Justiça do Trabalho da 8ª Região”, finaliza Mônica.