Importância da preservação da memória do Judiciário é debatida em encontro regional
Data: 10/06/2024
A sexta-feira (7/6) foi o dia para pensar sobre a importância da preservação da memória do Judiciário do Rio Grande do Norte em evento realizado para os servidores do Tribunal de Justiça do RN, Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região, da Justiça Federal, do Ministério Público Estadual e do Tribunal Regional Eleitoral, além das pessoas interessadas no tema. O I Encontro Regional de Memória do Poder Judiciário no RN foi realizado no auditório do Tribunal Pleno do TRT-RN.
A abertura oficial do evento foi feita pelo vice-presidente do TRT-RN, o desembargador Eduardo Serrano da Rocha. “A preservação da memória das instituições públicas é essencial para a construção de uma identidade coletiva, compreensão histórica e transparência das ações governamentais”, afirmou. O desembargador acredita que, além de fonte de pesquisas e preservação da cultura, a manutenção da memória das instituições reforça a transparência na governança pública. “Permite que os cidadãos monitorem e compreendam as ações, o que é fundamental para manutenção da confiança pública nas instituições”, avaliou o vice-presidente da Corte Trabalhista em sua fala inaugural.
Representando o Comitê de Documentação e Memória do TRT-RN, organizador do evento juntamente com o Setor de Gestão Documental e Memória, o desembargador Carlos Newton de Souza Pinto falou sobre a proposta do encontro de promover a interação entre instituições pela preservação da memória pública.
“Memória é muito mais que ‘paredes’, é algo vivo, algo ativo. Os documentos nos transmitem mensagens, sejam do passado, sejam dos dias atuais. Nós precisamos compreender que memória é algo renovável, mas também entender que memória constitui algo que deve ser vigiado, no sentido de não conter falsidade e de manter a sua autenticidade. Essa preocupação é a ideia desse Encontro”, disse o desembargador Carlos Newton.
A responsável pela Gestão Documental e Memória do TJRN, Adriana Oliveira, participou, juntamente com a professora da UFRN, Margarida Maria Dias, de uma mesa redonda que teve como temas “O Direito à Memória” e “Interlocução das Políticas de Gestão Documental, Memória e do Conhecimento”.
“O encontro foi muito proveitoso. Tratamos da importância da preservação da memória das instituições públicas e, em especial, da Política de Gestão da Memória. Esse tipo de evento é de grande importância porque, além de trazer a ideia de preservação da cultura e da manutenção da memória, também fortalece a interface entre Arquivos, Memoriais e Bibliotecas. A gente consegue fazer um trabalho de interlocução dessas três áreas em prol de uma preservação e da difusão da memória institucional e da valorização da identidade de cada instituição”, avaliou Adriana Oliveira.
Programação
O I Encontro Regional de Memória do Poder Judiciário no RN contou com a participação da poetisa e professora potiguar, Diva Cunha, que fez um histórico sobre a produção poética no estado, desde o pioneirismo de Nísia Floresta.
Em seguida, foram iniciadas as exposições com uma palestra da professora Lenora Schwaitzer sobre ‘Memória, Patrimônio e Acervos em Ambientes Digitais’.
O evento foi encerrado com uma Roda de Conversa entre os profissionais dos diversos órgãos participantes e uma visita ao Memorial da Justiça do Trabalho da 21ª Região.
Fonte:Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte