A Câmara dos Deputados, por meio da Coordenação de Acessibilidade e o Centro de Documentação de Informação (Cedi), comprou um novo dispositivo para a Biblioteca que ampliará a acessibilidade para garantir uma melhor experiência aos usuários com deficiência visual e outras limitações.

O aparelho, chamado OrCam MyEye, foi criado em 2010 por Amnon Shashua, também conhecido por seu trabalho com carros autônomos e inteligência artificial. O dispositivo é uma tecnologia avançada que ajuda pessoas com baixa visão, cegueira, autismo, dislexia, TDAH e outras dificuldades de leitura.

Características
O OrCam MyEye é leve, pesa cerca de três gramas, e pode ser acoplado a óculos. Ele atua como um escâner ativado por voz, utilizando uma câmera inteligente e oferecendo retorno de áudio para descrever o que o usuário não consegue ver.  Entre suas principais funções, o dispositivo é capaz de reconhecer e gravar até 150 rostos, identificar cédulas de dinheiro (em real, euro e dólar), ler códigos de barras e indicar o produto registrado. Ele também pode indicar a hora e a data e reconhecer cores.

Além disso, o aparelho é configurado para ler textos em três idiomas: inglês, português e espanhol. Permite ainda que o usuário selecione apenas o parágrafo desejado para leitura e ajuste a velocidade de leitura por meio do menu principal.

A bateria dura entre uma hora e meia e duas horas de uso contínuo, mas pode ser estendida com um carregador portátil. Também é compatível com fones Bluetooth para fornecer áudio exclusivamente ao usuário.

É importante destacar que embora seja adequado para todos os níveis de perda de visão e condições oculares, o OrCam MyEye não é projetado para melhorar a visão física do usuário e não beneficia indivíduos com deficiência auditiva. Além disso, o uso do aparelho requer controle total sobre os movimentos da cabeça e das mãos do usuário.

Outros recursos
Com a chegada dessa tecnologia, a Câmara amplia os recursos de acessibilidade de comunicação da Biblioteca da Casa para tornar o ambiente ainda mais inclusivo e acessível, promovendo maior autonomia para seus usuários.

A Biblioteca já possui uma sala de estudos equipada com programas leitores de tela, escâner de voz, linha braile, ampliador portátil, programa de reconhecimento de voz e ferramenta de tradução em Libras. Tais recursos de acessibilidade são de utilização individual para pessoas com deficiência visual, deficiência auditiva, idade avançada ou dificuldade para digitar. A sala pode ser reservada tanto para o público interno quanto para o externo, com prioridade para os deputados.

Fonte: Câmara dos Deputados